Um público mais consciente, que valoriza a diversidade e rejeita estereótipos: o poder feminino na publicidade, tanto de quem cria quanto de quem consome, está cada dia mais em evidência. E para as sócias-proprietárias da Legatto Creative Works, Márcia Ditt Cury e Fátima Augusto, as empresas precisam ficar atentas para não perder esse movimento da sociedade.
Um público mais consciente, que valoriza a diversidade e rejeita estereótipos: o poder feminino na publicidade, tanto de quem cria quanto de quem consome, está cada dia mais em evidência. E para as sócias-proprietárias da Legatto Creative Works, Márcia Ditt Cury e Fátima Augusto, as empresas precisam ficar atentas para não perder esse movimento da sociedade.
“O consumidor não é fácil de ser enganado, então não adianta ter uma comunicação valorizando a igualdade de gênero, se a cultura da empresa, da marca, não mostra isso”, ressalta Fátima, Diretora de Atendimento. Já o cuidado para a comunicação da marca não ficar repetitiva ou rasa é destacada por Márcia, Diretora Geral: “Hoje observa-se mais diversidade nas mídias, diante de uma própria reivindicação da sociedade por campanhas mais pluralizadas”. Confira a seguir os principais trechos da entrevista das diretoras:
Fala Fátima:
Quando o tema é poder feminino na publicidade, você acha que consumidores estão mais exigentes e as empresas perceberam a oportunidade de se diferenciar?
Sim, acho que os consumidores estão mais conscientes e com tendência a escolher marcas que mostram essa diversidade. Quanto às empresas, creio que estão percebendo sim, algumas por conscientização, outras por “obrigação”, mas o resultado acaba sendo positivo.
Você acha que os clientes ainda têm dificuldades em se comunicar com o público feminino? Por quê?
Em alguns segmentos ainda aparece um pouco essa dificuldade - bebidas alcoólicas, por exemplo, que demoraram muito a perceber que a mulher não quer mais ser vista como objeto sexual e que também consome bebidas, independente do homem. No setor B2B, existe um certo “padrão” ainda masculinizado.
As propagandas que estimulam a igualdade de gênero tendem a ganhar mais espaço?
Sim, com certeza, mas é muito importante que a cultura da empresa, da marca, também reflita isso, porque o consumidor não é fácil de ser enganado, então não adianta ter uma comunicação valorizando a igualdade de gênero, se a cultura da empresa, da marca, não mostra isso no seu dia a dia.
Como é possível trabalhar, com os clientes, a quebra dos padrões da divisão de homens e mulheres em papéis sociais rígidos?
Acredito que o melhor caminho é o exemplo, mostrar o que grandes marcas estão fazendo e os resultados que estão obtendo.
Alguns produtos ou serviços requerem mais empenho e estudo para serem divulgados para o público feminino?
Acredito que igualdade de gênero é uma questão de respeito às diferenças, inclusive, e não que igualdade é sinônimo de usar a mesma comunicação para homem e mulher. Então a resposta é sim, há que se considerar as características de cada um para divulgar um produto/serviço.
Ter mulheres em cargos de atendimento na Legatto faz a diferença?
Sou suspeita pra falar (risos) mas acredito que sim, porque ainda acho que a mulher tem uma tendência maior ao cuidado, e isso é uma característica importante no Atendimento. Mas acho que ideal é ter os dois: homens e mulheres.
Fala Márcia:
Qual a propaganda que impacta mais o público feminino? Esse público é mais sensível à expressão não-verbal?
Eu gosto da ideia de a mulher ser vista como igual, simples assim! Adoro ver delicadeza nos gestos independente de sexo, idade ou estereótipo.
Na sua avaliação, os comerciais que reforçam o poder feminino são o novo front da publicidade?
Os comerciais com esse enfoque têm força para o público feminino, porém é preciso tomar cuidado para não ficar repetitivo, enfadonho ou raso. Não gosto de apenas um grupo falar sobre si mesmo ou ter poderes sobre os demais.
A figura manjada (e irreal) da ‘família margarina’ vem sendo substituída por algo mais real?
Sim, observa-se mais diversidade nas mídias, diante de uma própria reivindicação da sociedade por campanhas mais pluralizadas.
Como a Criação pode evitar cair na armadilha de inverter o balanço de poder, ridicularizando os homens para exaltar as mulheres?
Simplesmente não fazendo nenhuma comparação entre os dois.
A Legatto tem mulheres em cargos de liderança; como isso impacta no trabalho da agência?
Acho melhor perguntar para todos que nos acompanham nessa jornada (risos) - colaboradores, clientes e parceiros.
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